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terça-feira, 19 de setembro de 2006

Conversa no elevador.

A porta do elevador de abre no play, vindo da garagem. Entro e não preciso apertar o 15, pois encontro minha vizinha de andar.
- Bom dia, Dona Erenice! (Até hj não sei se esse é mesmo o nome dela.)
- Oh, minha filha! (Ela não sabe meu nome!) Sua mãe tá boazinha?
- Tá sim! Tá gostando da mudança? (Ela se mudou do apartamento ao lado ao meu, nascente e frio pra o apartamento em frente, poente quente.)
- Ah! Agora tá ótimo! Pelo menos não passo mais frio! As suas músicas é que sinto falta! Eu sabia quando você estava em casa pelas músicas.
- Músicas? (Será que tem como eu arranjar um buraco no chão pra eu me esconder?)
-É! Umas tão bonitas!
-É... mas minha mãe também escuta músicas de amor!
- Mas as suas são diferentes! Minha neta disse que é uma banda aí que tem uns homens com umas barbas... Lo alguma coisa...
- Los hermanos...
- Era bom! Minha vizinha de porta agora, só ouve pagode!

Confesso que essa conversa me deixou envergonhada! Então quer dizer que dá pra ouvir tão bem assim? Será que eu ouço música tão alto, Meu Deus? Ela só citou Los Hermanos, que parece que agradou! Mas, e as outras músicas que ouço? Rock, inclusive!!! Vixe! O som daqui de casa fica encostado na parede que divido com a vizinha...
E o pior que tenho ouvido com certo entusiasmo o cd de Zéu Britto, que tem músicas, digamos, prá ninar adultos como diz o próprio. O problema é que a nova vizinha do lado tem umas duas crianças na faixa de + ou - 5 anos. Como pode? Eu, a pró, fazendo que crianças ouçam coisas do gênero: "Só quero raspadinha, meu bem." Ou "Eu não sou cientista, sou um sadomasoquista..."
Por medida de peso na consciência, tenho ouvido mais baixo ou lá no meu quarto as minhas músicas... Por enquanto! Mas nem duvide que logo voltarei à ouvir alto minhas "pérolas"!

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