Desde 2006 servindo algumas lasanhas e muitas abobrinhas.

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quinta-feira, 31 de maio de 2007

Lasanha no Orkut.

Realmente esse orkut é cheio de 1001 novidades!!! Após a temida "visualizações do seu perfil", da inclusão de vídeos, enquetes, inclusão de mediadores nas comunidades, (...), agora é vez de o site selecionado pela pessoa aparecer na página do perfil! Olhem aí em cima meu último texto que havia postado, no Orkut... Só foi eu aperter esse botãozinho "editar feeds", colocar o link do Lasanha e... PUM! Boa parte dos textos agora podem ser conferidos lá.
Cada vez mais o orkut cheio de acessórios e cada vez mais devassando nossa vida, gostos e etc. Se a pessoa se empolgar, preenche todo aquele formulário do perfil, expondo toda a sua vida! Mesma exposição pode ocorrer através das fotos do álbum e vídeos. Vasculhar o orkut de uma pessoa é uma boa forma de colher informações sobre seu modo de vida, dependendo do número de dicas que a pessoa deixa. Mesmo que não preencha todas aquelas informações do perfil, as comunidades no qual faz parte entrega todo o jogo!
Eu tenho que confessar que sou viciada no orkut! É o primeiro site que acesso logo que entro na internet em casa. Ficar dias sem acessar dá uma aflição... Através do site conheci (pessoalmente, viu?!) pessoas maravilhosas que são meus amigos, conheci bandas bacanas e passei momentos ótimos em tópicos que são chat. É um vício!
Mas vendo os textos no orkut, depois da euforia inicial, me veio um gostinho ruim. É que agora as pessoas não precisarão vir (ou ir, caso, você esteja lendo do orkut) ao blog prá ler e posteriormente comentar. Ah, sei lá! Pode ser bobagem! Depois eu decido se eu tiro de lá (ou daqui) ou não...
O que vocês acham?
Prá quem quiser saber mais sobre o orkut, Wikipedia, onde há dados de sua história, cronologia, etc, etc, etc...

domingo, 27 de maio de 2007

Prá doer um pouco mais!

Não desviou o olhar daquela cena. Em via pública a alegria a abandonou ao ver que apesar do suor derramado, das horas comprometidas e do esforço empenhado era outra pessoa que havia conseguido.
Ali estava a prova! Podia ter ido embora prá se poupar de passar por aquela situação. Mas não. Quis ficar. Aquela cena fez se coração doer, sua garganta apertar e seus pés perderem a noção de onde estava o chão. Sentia despencando em um precipício. Mas não deixou de olhar.
Com grande esforço para não deixar transparecer suas emoções. Quem estava ao seu lado, não percebeu o que se passava em sua mente e seu coração. Fingiu que nada demais estava acontecendo. Elas não sabiam de seus planos. Sequer poderiam imaginar. E assim deveria continuar, diante daquele acontecimento que seus olhos presenciavam. Iria testemunhar até o fim, mesmo que o resto de seu corpo pedia fulga e mesmo que custassem mais tarde sua noite entre lágrimas.
Prá doer um pouco mais! Prá que seu sofrimento fosse pontecializado! Prá que só depois de matar violentamente seu sentimento e consequentemente um pedaço de si, pudesse renascer e prosseguir mais leve, mais sábia, mais cínica.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Somos bunda-moles???


Na época que lancei o desafio pra que me enviassem temas, tive uma conversa engraçadíssima via msn com Rodrigo Dalmeida do <#por que a gente é assim#>, criador da Clarisse de quem eu sou fã. Da Clarisse, não do Rodrigo! (Brincadeirinha...) E dessa conversa saiu o tema: bunda-molismo dos brasileiros. E aqui estou eu pra descascar esse abacaxi!
Num país onde a bunda é a parte do corpo mais valorizada, especialmente nas mulheres, ser bunda mole não é uma boa coisa! Significa ser pessoa molenga, sem coragem, covarde, banana, segundo Bundablog (Um inacreditável blog sobre... bundas!). Na verdade foi o adjetivo banana que mais se qualificava para a conversa via msn, que versou sobre a inabilidade dos brasileiros de eleger bons candidatos nas eleições. Afinal, o povo brasileiro é bunda mole?
A Política às vezes parece a arte do desencanto, pelo menos pra os eleitores. Candidatos que pareciam tão bons, quando eleitos decepcionam. Outros candidatos que pareciam mais uma piada de mau-gosto acabam sendo eleitos. Super-salários, imunidade parlamentar, QI, corrupção, trafico de influência, lobby... Ih! Será que o noticiário nunca traz notícias boas sobre política?
Enquanto isso, mais pessoas desempregadas ou sub-empregadas, a violência nos acoando pra atrás de grades e sabendo que mesmo assim não estamos seguros, ruas e casas se desfazendo pelas cidades à cada chuva que cai, esgotos à céu aberto, emergências de hospitais públicos lotados, a qualidade da educação que parece cada vez mais ir ladeira abaixo...
A sensação é que nenhum político presta! Mas quem os coloca lá? Nós!
Então, o povo brasileiro é ou não é bunda-mole???
Eu acho que os brasileiros, no geral, são despreparados para eleger seus representantes. Até porque historicamente não foram muitas as oportunidades de fazer essa escolha. Períodos de colonização, Império, Velha República (em que a escolha do voto não era exatamente livre pra grande parte da população), Nova República e Ditaduras depois, foram pouquissímas as oportunidades de a população poder de forma autônoma escolher seus candidatos.
Se bem que a palavra autônoma na linha anterior devia vim entre aspas, assim: "autônoma". A autonomia é a capacidade de tomar decisões de forma independente, sem interferência de outrem. Mas para isso é necessário senso crítico para não se deixar influenciar pelos meios de comunicação, pela opinião dos amigos, pela propaganda bonita da TV, a cesta básica oferecida, a consulta médica, a dentadura...
Ano passado eu discutia muito isso com meus alunos do noturno e eles diziam: "Mas pró? Não vamos aproveitar as consultas?" Eu respondia: "Faça as consultas. Mas não votem neles!" Não sei se eles seguiram meu conselho...
E você acha o que? Os brasileiros são bunda-moles?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Iguais mas diferentes

Gêmeos Flávio e Gustavo Mendonça, lançados pelo Luciano Hulk
Seguindo com o desafio, falarei do tema proposto por silêncio_de_chumbo. Confesso que quando vi o tema, logo me ocorreu de falar sobre irmãos gêmeos univitelinos, ou seja, os que são idênticos.
Relembrando as aulas de biologia, pares de gêmeos podem ser bivitelinos (oriundos de dois óvulos e dois espermatozóides) que são parecidos mas não são idênticos ou univitelinos (oriundos de um óvulo fecundado por um espermatozóide, que no momento da multiplicação das células, se divide em dois grupos independentes, formando assim dois bebês) que são idênticos.
Mas apesar da compartilharem do mesmo material genético, quem já conviveu com gêmeos idênticos sabem que eles Têm pequenas diferenças físicas e comportamentais. Eles são iguais mas diferentes. Mas até achar essas diferenças...
Esse ano letivo eu tenho um par de irmãs gêmeas como alunas. No primeiro dia eu fiquei olhando, olhando, olhando e percebi diferença nenhuma! Na hora da saída, eu perguntei pra elas qual era a principal diferença entre elas. Resposta: Uma mancha grande que uma tem no ombro e a outra não. Detalhe, como é de se esperar, na escola tem farda e a farda cobre os ombros. Como eu iria ver a tal mancha em uma delas?
"Ah, pró! Mas nós somos completamente diferentes uma da outra!" me disse uma. "São não!" gritou um aluno do fundo da sala. E ele tem razão! Mesmo rosto, mesma altura, mesma caligrafia, mesma voz, mesmo tênis, mesma mochila, mesmo penteado... Felizmente nos primeiros dias, uma vinha com xuxa de cabelo amarela e a outra vermelha. E eu me prendi nesse detalhe. Mas... um dia me aparece a que sempre usava xuxa amarela usando vermelha e a que usava vermelha, usando amarela. Chamei uma pensando tá falando com a outra... E não foi só eu que me confundi, o que provou que as crianças também diferenciavam as duas pela cor da xuxa de cabelo.
Mas com o tempo, as diferenças foram se mostrando: uma tem o rosto mais quadrado e é mais séria, já a outra tem o rosto mais oval e é risonha. Quando as duas estão juntas, eu e a turma já sabemos quem é quem. Mas quando uma está e a outra não (pra podermos realizar a comparação)... as vezes fica difícil identificar!
Eu faço o máximo possível pra não confundi as duas, porque realmente é chato pra elas! Elas têm que criar as suas individualidades, afinal, são pessoas diferentes!
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Ah, nem vou falar daquele clichê mais uma vez sendo usado numa novela, da irmã gêmea má e a irmã gêmea boazinha... Aff!

sábado, 12 de maio de 2007

Amor à distância. Será?

De: jo12689@superhotmail.com
Para:
enzort@yabadabadoo.com.br
Assunto: Simplesmente leia.


Enzo,
Vc acabou de sair do msn e decidi t mandar esse mail p/ q vc tenha 1 coisa clara, sem discursão. Qdo eu vim p/ k t avisei q seria dificil manter namoro. 1 ano é mto tempo longe e esse intercambio é mto importante p/ mim. Mas tbm t disse q ia t levar aki comigo. Vc é mto especial p/ mim, eu não eskeci, não! E achava q se fosse d verdade, iria s reconstituir qdo eu voltasse.
Sempre achei mto louko essa história de filminho do casalzinho q acha que amor dura na distância. Por isso achei melhor terminar antes p/ não ter essas paradas de corneação. O sentimento é por dentro e independe das nossas ações. E carência existe! E pq não ficarmos com os gatinho e gatinhas q surgirem, né?
Mas o sentimento, da minha parte, não mudou! Apesar das pessoas que conheci aki, 1 dos motivos q me faz feliz por paromês voltar pra o Brazil é pq vc vai tái.
Então, pare c/ essas idéias infelizes e esteja lá, bem lindão no aeroporto qdo eu chegar!
Um beijo,
Joana
Qdo Wagner do Bla-Blaismo propôs no desafio que eu falasse de amor à distância, logo me veio a mente um filme que eu mais ou menos eu conheço a história, mas nunca assisti: "Nunca te_vi,_sempre_te amei" Pensei num tipo de história de amor idealizado, que resiste à distância, ao afastamento e todas enterpéries do destino. Mas fico em dúvidas se uma relação (namoro ou casamento) conseguiria resistir de fato à esse tipo de obstáculo. Principalmente por causa da carência e do ciúme.
Não dúvido que o sentimento, que não conhece dificuldades, perdure independente da distância. Mas será que o casal permanece unido sem está fisicamente perto um do outro?
Hum, ainda não cheguei à uma conclusão...
Mas como diz o grande Camões:
Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei por quê.
Pesquisando o tema no Youtube, vejam alguns dos vídeos fofo eu encontrei:

terça-feira, 8 de maio de 2007

Onde as ferrovias têm me levado.


Bem, lá vamos nós voltando aos temas propostos à alguns posts atrás. E hoje irei tratar sobre ferrovias, tema proposto por a.j.martins.

Procurando na Wikipedia, encontrei que:
Ferrovia (também chamada Caminho-de-ferro) é um sistema de transporte baseado em trens ou comboios correndo sobre carris previamente dispostos. O transporte ferroviário é predominante em regiões altamente industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais altamente populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em desenvolvimento da África e da América Latina, as ferrovias foram preteridas pelas rodovias como tipo de transporte predominante.
Um dos países em desenvolvimento da América Latina em que as ferrovias foram preteridas pelas rodovias foi o Brasil. Ainda me lembro de aulas de Geografia no cursinho em que o professor disse que as rodovias predominaram no Brasil devido a força da indústria automotiva que influenciaram a construção de estradas ao invés de ferrovias. Eu não duvido, não!
Quem quiser conhecer um pouco da história das ferrovias no Brasil, podem pesquisar aqui ou quem tiver mais tempinho pra leitura, aqui.
Apesar de serem poucos no Brasil, elas não são inexistentes! Nem na minha vida! E é sobre três dessas experiências que irei contar:
A minha memória mais remota é de um passeio escolar quando eu tinha cerca de seis anos. Como muitas escolas infantis, minha escola criavam passeios para zoológico, shopping, parques... e aquela vez era pra andar de trem! Aqui em Salvador o transporte público para alguns bairros distantes é feito através de trem. Deve ter sido uma viagem pra esses bairros e voltar sem saltar... Eu não lembro! O que eu lembro é da emoção quando o trem começou a se movimentar, da pipoca, das músicas!
Já aos nove anos de idade (ou será dez?), numa excursão ao Sul com mamis, houve um passeio de trem belíssimo! Acho que foi no Paraná, mas não vou afirmar. Tinha uma paisagem lindíssima! Acho que tinha uma parte que parecia que o trem contornava um precipício, lindo! (Ou será que isso é coisa não da memória e sim da imaginação?) Lembro do meu coração acelerado vendo aquilo tudo!
Anos depois, já aos 20 anos de idade aproximadamente, eu vi uma peça de teatro, chamada "Boca de Ouro" que se passou... num trem! Em movimento! Cada estação, os atores saiam do vagão onde estava havendo o espetáculo e iam pra os camarins e outros entravam. Teve até uma passagem de tensão da trama em que as portas do vagão se abriram com o trem em movimento, para dar mais adrenalina na cena. Maravilhoso!
Agora vou contar um sonho: eu quero viajar pela Europa de trem! Deve ser tão bom! Deixar que as ferrovias européias me mostrem a beleza do Velho Mundo!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Clara no escuro.

Quando a rua ficava muito tranquila, o coração de Clara se acelerava. Algo estava acontecendo, algo ia acontecer! Mas o que? O que?
Não era a toa que seu nome era Clara, dizia. Gostava das coisas "as claras". E a rua, em plena duas horas da tarde, sem barulho de cães latindo, buzinas ou crianças brincando era muito, muito estranho. Quis sair para ver o que acontecia, mas não! Podia ser perigoso! Melhor nem passar perto das janelas!
Essa expectativa era opressiva! Não saber o que acontecia era pior do que está vivendo uma situação ruim. Isso era desesperador!
Um som de carro. Quem deve ser? Passou, foi embora. Pelo menos era o que o som indicava. Sentada no sofá, televisão desligada pra não chamar atenção que ali havia uma pessoa, pensou em tirar a bateria do relógio de parede pois seu tic-tac sempre tão imperceptível se tornara ensurrecedor. Mas estava paralisada!
Clara pensou em inúmeros desgraças que poderiam estar ocorrendo. E quanto mais pensava, mais sua garganta travava! Sentada no sofá, sozinha, com medo de passar perto da janela, com medo de sequer se movimentar pela casa, Clara conseguia ouvir o barulho de seu coração acelerado. Se ao menos soubesse o que estava acontecendo, porque deveria estar ocorrendo algo muito sério para a rua estar silenciosa daquele jeito. Gostava das coisas às claras, mas Clara estava no escuro.
Já anoitecia e Clara imóvel no sofá, pensando no que poderia estar ocorrendo. Acender a luz era impensável, apesar de peceber que vinha luz do lado de fora vindo dos postes de luz e até poderia ser de outras casas. Mas nunca se sabe!
A bexiga cheia, fome, sede. Já era alta noite e Clara com os olhos rasos de lágrimas imóvel no sofá, na penubra da luz que vinha das janelas. O que está ocorrendo lá fora? O que? Sua mente conseguia a cada momento criar situações piores do que poderia estar ocorrendo lá fora. Medo! E o coração que continuava acelerado!
Desejou sair daquele sofá, mas seu corpo estava paralisado. Lágrimas rolavam por sua face. O desejo de ir ao banheiro já estava insuportável, mas Clara não tinha coragem de se mexer.
Fez um esforço fenomenal e se levantou temerosamente do sofá. Ensaiou dar o primeiro passo em direção ao banheiro. Se sentia no meio de um campo de batalha e cada passo tinha que ser muito bem calculado. Vagarosamente foi caminhando, no escuro, ao banheiro. Planejava não dar descarga para chamar o mínimo de atenção. O silêncio lá fora era maior. E assim passo a passo conquistava o caminha até o banheiro. Sua respiração estava um pouco menos ofegante. Estava quase lá, à dois passos de entrar no banheiro até que ouviu um grito:"GOOOOOOOOOOOOOOOOL!"
O mundo começou a girar, o coração ia arrebentar seu peito, uma vontade de fugir, de gritar, mas a boca e as pernas paralisaram. Tudo ia girando, girando, girando, o coração batendo cada vez mais alto, um zumbido no ouvido...
Caiu desacordada.