Desde 2006 servindo algumas lasanhas e muitas abobrinhas.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Jogo da verdade - Parte I

Essa é uma história que me contaram, daquelas que aconteceram com a sobrinha da vizinha da secretária do avô da namorada do irmão mais velho da melhor amiga da dona do salão onde faço minha unha.

Numa tarde tão ensolarada começou repentinamente a chuviscar. Faltava menos de cem metros prá chegar ao seu destino. Porém, a moça, coitada, tinha feito escova no cabelo naquela manhã. Tanto tempo esperando, lavando o cabelo naquela cadeira tão desconfortável prá o pescoço, tendo o cabelo puxado repetidas vezes com tanta força que só faltavam arrancar o couro cabeludo, as orelhas queimadas pelo calor do secador e o dinheiro gasto, não podiam ser desperdiçados assim, à toa! Martina, esse é o seu nome, olhou em volta.

-Ai, meu Deus! – com as mãos, de dedos esticados, à cabeça tentando, em vão, proteger o cabelo daquela água.

Entrou na primeira porta comercial que viu aberta. Era um açougue. O cheiro concentrado de carne somado às moscas e ao calor embrulhou o estômago daquela jovem. Será que não era melhor enfrentar o chuvisco? Afinal, tava tão fraquinho e a casa da irmã estava tão perto! “Nããããão! A escova!”

O chuvisco ficou mais forte, dando pistas que realmente iria chover. Mas nada muito preocupante, já que essas chuvas de verão vão embora como vêm: repentinamente. Por isso não cogitou ligar prá casa de sua irmã. Por que ela nunca carregava sombrinha?

Enquanto isso, Ramon procurava o guarda-chuva. Estava chovendo, mas ele não tinha muita escolha, ao não ser sair assim mesmo! Desde manhã que a mãe havia lhe pedido que comprasse carne moída. Mas foi fazendo uma coisa, foi fazendo outra... E protelando a hora de ir. Pois faltavam menos de uma hora para que sua mãe retornasse do trabalho e era melhor ele sair logo prá comprar as carnes. Caso contrário, ouviria durante uns bons quatro dias o quanto ele era preguiçoso e não colaborava com as tarefas em casa. “Antes enfrentar a chuva!”

Nada do guarda-chuva! Mas como, se ontem mesmo ele havia visto pendurado no antiquado porta-chapéus, na sala?

Acabou encontrando no quarto da mãe uma sombrinha lilás com corações coloridos. Que vergonha! Sair com essa sombrinha tão feminina? Mas, havia escolha? Era isso ou nada! Isso ou a chuva! Como se sombrinha ou guarda-chuva algum pudesse mantê-lo completamente seco.

-Ah, véi! Tomara que ninguém me veja!

8 comentários:

Nat Valarini disse...

hauauhaua...

Menina que rolo!

Adorei a descrição do início:
"...me contaram, daquelas que aconteceram com a sobrinha da vizinha da secretária do avô da namorada do irmão mais velho..."

hehehehe...

Na hora do sufoco, as pessoas fazem de tudo para se livrar, até mesmo usar uma sombrinha cheia de corações, hihihi...

Ri muito por aqui!

Bjoks!


http://garotapendurada.blogspot.com/

Anônimo disse...

rsrsrs

Que história!!!! .. rsrsrs

Gostei muito ..

abç.

Contos de F. disse...

ué; rsrsrsr
mas e aí? ele vai no mesmo açougue que a martina está? aí eles se encontram, ramon da uma carona pra martina, o que resolve o problema dos dois: a chapinha da mina, e a sombrinha do mano, ja que nada mais macho do que segurar a sombrinha e a cintura de uma garota em baixo de chuva... ah! e , claro! eles começar a se ver, e ela descobrira que nem sempre a chuva serve para atrapalhar seu cabelo, mas tb para resolver seu coração..!!!! ai que lindo o amor!

Guilherme Gomes Ferreira disse...

como assim? eu vou ficar sem saber o final?!

ahhhhhh, a pessoa ali em cima estragou a historinha... contou o final previsivel, hohoho

AAAAAAAAAAA quero sabeeeer! conta pra mim, vai, só pra minznho!

=D

Vanessa Lee disse...

Quem tá esperando um final óbvio, talvez se decepcione...

Unknown disse...

Interessante. Fiquei curioso para saber o que irá acontecer. TCHARÃÃÃ...

Gostei do texto.

Vlw.

http://escondidin.blogspot.com/

Anônimo disse...

Não sei se fico com receio ou feliz em continuar a história. Já imaginei milhares de situações...

Beijinhos e vamos pra parte II!

Anônimo disse...

Engraçado como a vaidade supera qualquer ânimo de voltar à casa.
Já a preguiça nos causa problemas.
Vou ler o resto para saber o final da história.