Desde 2006 servindo algumas lasanhas e muitas abobrinhas.

Marcadores

sábado, 23 de outubro de 2010

Óia a cobra!

Estou acostumada, ao chegar à escola, ver as crianças correndo, gritando e espalhadas por toda a frente da escola. Porém, ontem, estavam concentradas numa rodinha e quietas.
.
- Pró, venha ver que legal!
.
Não achei, nem um pouco, legal aquela cobra enoooooorme no meio de tantas crianças. E muito menos delas rirem do grito que dei.
.
-Calma, pró! Não é perigosa, não.
.
Se não era perigosa, então por que um menino segurava o rabo e outro usava uma pá para afastá-la das pessoas?
.
Tirei foto e entrei correndo na escola.
.
.
Próximo a escola está sendo realizado há alguns meses uma mega obra de infra-estrutura: drenagem de um riozinho que virou depósito de lixo e foco de dengue, contenção de encosta e construção de conjunto habitacional para relocar as famílias que estão na encosta. Além disso, serão construídos equipamentos como praças e quadras. Essa obra realmente é necessária para a melhoria de vida de várias pessoas.
.
Desde então, várias cobras apareceram. Elas estavam quietinhas no canto delas, então vieram as máquinas e pessoas para tirar-lhes a paz. O velho dilema "homem X natureza" novamente se estabelece!
.
.
- Quero ir lá ver.
.
Acompanhei a minha colega, professora do Pré. A cobra já estava nas mãos de um pai de aluno. Ai, que coragem!
.
- É uma jibóia.
.
-Essa cobra não é venenosa, não. Ela mata por estrangulamento. Ela só vai se enrolando, se enrolando na vítima até matar.
.
Ah! Por que não disseram antes? A cobra era SÓ uma jibóia e SÓ mata por estrangulamento. Se tivessem me dito isso antes... continuaria com medo do mesmo jeito!
.
.
Prá completar, uma historinha que uma mãe me contou um pouco mais tarde:
.
Perto da escola passa uma via que liga dois pontos da cidade. Antes, era mata com rio e tudo. Na frente, morava uma senhora e seus filhos.
.
Uma noite, ela chegou muito cansada e deitou no sofá para assistir novela, onde caiu no sono. De repente, ela sentiu uma forte pressão em toda perna esquerda.
.
Quando abriu os olhos, viu uma cobra que havia engolido a perna e tentava abrir mais a boca prá abocanhar a parte do quadril. (Gente, eu tô vendendo o peixe do jeito que me contaram.)
.
Ela gritou e a sorte que os filhos estavam na frente da casa e vieram acudir. Com um facão eles cortaram a cobra pelas laterais, livrando a perna da senhora.
.
Não quero nem imaginar a cena! Credo!