Desde 2006 servindo algumas lasanhas e muitas abobrinhas.

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sábado, 19 de agosto de 2006

Entre 95 e 99 mais ou menos, eu escrevi muitas poesias. Em muitas delas não estão expressas minhas emoções e sim de amigas. Era minha forma de pôr pra fora todo o baixo-astral que acabava absorvendo delas...
Alguns destes textinhos pretendo colocar aqui, não pela sua (falta de) qualidade, mas como forma de celebrar que passamos por tudo isso e seguimos em frente!

Caminho
19/06/96

Derramei muitas lágrimas pelo caminho
E atrás de mim se fez um rio
De águas tão salgadas quanto o mar
E tão revoltas que não se podem nadar
Pelo meu caminho senti muita solidão e frio
Sabendo que ninguém viria me aquecer.
Às vezes senti que iria desfalecer,
Mas não haveria ninguém para me estender à mão.
Andei descalça sob espinhos.
A dor em meus pés não foi maior que a do meu coração.
Junto com o sangue não saia a tristeza,
Desespero se tornou meu amigo
Ele me disse que não iria me deixar
Sozinha neste caminho.

Quando uma amiga chamada Mariana leu esses versos, completou-o com o seguinte:

Mas no final dessa estrada
Existe um pequeno paraíso
O que significa a sua satisfação
De saber que andou sozinha
Significa a sua felicidade
Por saber que venceu na vida
Por saber que se levantou
E este caminho tão dolorido
Com o tempo passou...

Ah, a amizade!
Saudade de Mariana e de pegar ônibus até a Lapa só pra tomar sorvete de graça na Mc!

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